quarta-feira, setembro 19, 2007

in the mood for love - jukebox III

samgs
fm
mda

venham daí as compilações!!

17 Comments:

Blogger MDA said...

Esta não vai ser fácil... É um terreno muito escorregadio... Vou tentar mas não prometo nada. :)

25 de setembro de 2007 às 16:02  
Blogger samgs said...

culpa o fm... a minha estará online ainda hoje!

25 de setembro de 2007 às 19:35  
Blogger MDA said...

Vamos lá!

01 - Começamos bem. Quando me emprestaste este CD não conseguia parar de o ouvir. Esta é daquelas músicas que são mesmo bonitas. A voz, as guitarras, a letra, a voz, a voz...

02 - Continuamos bem. Consegui finalmente ultrapassar o meu preconceito em relação a este sujeito, e em boa hora. É dificil fazer músicas assim, tão delicada.

03 - não puseste esta!

04 - Perfeita! Acho que quando o senhor do Golden me "ofereu" uma box set deste homem por um preço exorbitante, devia tê-la mesmo comprado. Estou a ver que te esmeraste... Músicas assim simples são as mais dificeis mas também são as que, quando saem tão perfeitas, ficam melhores.

05 - Isto é de que álbum? Se o Ryan Adams lançasse metade dos álbuns que faz, seria um génio. Assim também é mas podería ser ainda melhor. Esta música é a prova do que acabo de dizer.

06 - Não conhecia esta música. MAis uma vez, simples e grande. Estou a ver que tenho de gastar mais uns trocos na FNAC...

07 - Isto já não me diz grande coisa. Repetitiva e, correndo o risco de ser herege, não gosto desta forma de cantar. A música soa-me demasiado genérica e os sopros são mal utilizados. Pelo que acabei de dizer parece que acho que a música é uma merda mas não é isso, ela não é má, simplesmente, também não é boa...

08 - Soa-me a Curtis Mayfield... Gosto mais do original que da cópia. E a esta voz... Por amor de Deus... Toma uma Valda!

09 - Isto sim... Uma voz feminina decente. Já não se fazem assim...

10 - Por muito que respeite o Van Morrison, esta música não é grande coisa, pá... Os coros são um bocado desproporcionados e a voz, mais uma vez, à Curtis Mayfield, também não me convence. E é pena porque o homem tem uma voz de arrepiar.

11 - Porra! Não conheço todo o trabalho do Dylan e ainda bem! Sempre me permite descobrir coisas como estas. Foda-se, este homem é inacreditável!

12 - Covers dos Bee Gees?... A Nina Simone merece todo o meu respeito e tem coisas muito boas mas... covers dos Bee Gees?... Porra!

13 - Este Tim Buckley tem coisas porreiras! Esta não é uma delas! :) Estes coros soam-me mal. Musicalmente faz-me lembrar a Mustang Sally (que é bem melhor!).

14 - Quem são estes pá? Agora sim! Que voz é esta? Parece-me o Tom Waits... No refrão (se é que é refrão), a música perde um bocado, mas parece-me bem. Isto é de que álbum?

15 - Esta poderia ser uma música para acabar a compilação "se eu fosse DJ". É ideal para um fim de tarde ou de noite. Tenho vindo a ganhar admiração por este homem aos bocadinhos, muito devagarinho...

16 - Esta é bonitinha... Não é mais do que isso mas é bem bonitinha... Um bocado genérica na sonoridade, mas bonitinha.

17 - Estou-me a guardar para descobrir o Cohen mais tarde. De certeza que vai ser uma boa descoberta mas, por enquanto, não me apetece. Esta música é quase perfeita.

18 - Ver o comentário 11 e acrescentar um "foda-se!".

Parece-me que sacrificaste um bocado da qualidade da compilação em detrimento de uma linha narrativa que quiseste construir. Começas a compilação de forma prometedora mas depois, a meio caminho, parece que lhe falta o fôlego para, no fim, voltar a melhorar. Não foi isto que eu imaginei para uma compilação com este tema. Imaginei uma coisa mais alegre mais "Estou apaixonado e a vida corre-me bem!". Apesar disso tudo fizeste uma boa compilação mas um bocado parecida com os álbuns do Ryan Adams, ou seja, se tirasses algumas músicas, talvez ficasse francamente melhor.

29 de setembro de 2007 às 15:38  
Blogger samgs said...

sim, sacrifiquei a qualidade da compilação em detrimento da tal linha narrativa. quando o fm me apresentou o título da compilação, só me vi com duas hipóteses: ou música bonita, de meninos e meninas apaixonados em profunda comunhão ou então pegar em músicas que descrevam todos os estados porque passa o coração apaixonado. e foi isto que fiz: defini os momentos óbvios da maioria das relações (a paixão inesperada, o questionamento, a paixão incontrolável e idealização do amado, o inocente inicio do namoro, a paixão reciproca e a comunhão de sentimentos, a fase menos boa e as dúvidas, a traição, o arrependimento e a noção de que, afinal, ainda estamos apaixonados, a dor do final da relação, a depedida resignada e eis que volta tudo ao principio).

e daqui também concluí uma coisa engraçada: há muito mais músicas de qualidade acerca das dúvidas, dos medos e da dor do que da paixão perfeitamente correspondida.

vamos lá então ao primeiro set de contra-comentários ao mda:

1 - nada a dizer. é belissima esta música!

2 - não há mesmo razão para preconceitos. o senhor tem muito talento na hora de pegar num piano e construir uma coisinha destas.

3 - :) azar... era a primeira música da fase da idealização, a sad eyed lady of the lowlands do dylan...

4 - e digo-te mais: esta nem é a melhor música do sujeito! longe, mas mesmo longe disso!

5 - não percebi muito bem se achas esta música um exemplo do génio ou do refugo do trabalho do ryan, embora me pareça que deva ser a primeira. esta é a música perfeita para dedicar a alguém... a música que tantas vezes tentei escrever na minha adolescência e que só deu merda. é do álbum 29! apesar de desiquilibrados tens que ouvir a trilogia de álbuns de 2005 com muita atenção... tem momentos imperdiveis.

6 - a música não é do elliot smith, é dos big star, uma das bandas que tenho que explorar e conhecer. é de uma beleza tão inocente que não resisti. esta coisinha simples tresanda a "primeiro amor".

7 - já percebi que o lanegan não é para ti. e é curioso que quando li a tua critica aos sopros (acertada!) tive que ir ouvir outra vez a música porque nem me recordava deles, o que é sintoma claro daquilo que dizes. ainda assim gosto da música e de quase tudo o que este homem canta.

8 - agora é que és herege. é verdade que a janis joplin tem aqui a voz toda fodida, mas ela sempre se preocupou mais em canalizar emoções do que em soar perfeita. e emoção não falta aqui... vai lá limpar os ouvidos, pá!

9 - certo!

10 - percebo o que dizes. está longe de ser uma música perfeita, mas é bonitinha e retrata bem o amor correspondido e tal e coiso. eu ainda pensei em recorrer ao soul para traduzir esse sentimento, mas quando fui procurar qualquer coisa que se encaixasse reparei que as compilações de música soul tinham desaparecido!

11 - tens que ouvir o planet waves caralho!

12 - pfui... cover ou não é bem porreira a música!

13 - não é um momento genial, nem nunca o foi o buckley-funk-brother! mas esta música tresanda a sexo e era isso que eu queria... aqueles primeiros 2/3 versos dizem tudo...

14 - supresa! a voz que parece o tom waits é o mark lanegan. o projecto chama-se twilight singers e é liderado pelo greg dulli, ex-vocalista dos afghan wighs. quando estava a ouvir este álbum, depois de ter lido uma critica extremamente positiva e o ter comprado com base nisso, lembro-me bastante bem de estar a pensar "não é assim tão bom..."... e eis que na última faixa me aparece este senhor com a sua voz e pumba, fez-se luz e não mais me saiu da cabeça. é arrepiante o modo como ele utiliza a voz aqui... e foi este o meu primeiro contacto com o senhor!

15 - certo, siga!

16 - original do tim buckley, interpretada aqui pelo robert plant. acho que é mais do que bonitinha... esta é mesmo das melhores do tim buckley (cuja versão é melhor mas, mais uma vez, não tinha o álbum por aqui...)

17 - nem de propósito comprei hoje os três primeiros (e geniais e seminais e tudo o que lhes quiseres chamar) álbuns do cohen em edições especiais, com letras e músicas extra. é bom que ganhes alguma pressa em conhecer o homem, porque estás a perder coisas muito boas.

18 - o blood on the tracks é o melhor álbum de todos os tempos. ponto final! nenhum álbum retrata um estado de alma como este... foda-se tudo o que pertence ao dominio do amor e das relações está neste álbum... para a próxima, a um tema destes, apresento o blood on the tracks como compilação. está lá tudo! e tu, vê lá se ouves o álbum com atenção porque ele é tudo isto e muito mais!

29 de setembro de 2007 às 18:20  
Blogger MDA said...

5 - Sim, acabei por não o dizer. Esta é das músicas de génio.

8 - Continua a precisar de um Valda, estando eu com ou sem cera nos ouvidos!

14 - oops... :)

18 - O Blood on the Tracks não é o melhor álbum de todos os tempos mas isso é outra história...

29 de setembro de 2007 às 18:46  
Blogger Unknown said...

Antes de mais, de salientar que fiz uma pré-selecção de 32 músicas e não faço a mínima ideia de qual foi o critério que me levou a escolher a set list final.
Curioso igualmente o facto de tal como eu o Samuel não ter escolhido nenhuma música do Jeff Buckley e, à parte o incontestável génio, acho k mt bem
De referir k não procurei fazer um encadeamento lógico dos temas que permitisse construir uma certa narrativa. Queria realmente tê-lo feito, mas sou um gajo extremamente preguiçoso, e jamais teria a minha compilação pronta se enveredasse por esse caminho da perfeição e harmonia.

Tentando agora fazer um comentário ao alinhamento do samgs:

1 – Esta também fez parte das minhas escolhas. Tom Waits de voz limpa, 1.º álbum, um clássico. A partir desta música pode escrever-se um argumento para um filme.

2 – Também contemplei Nick Cave na minha compilação, mas escolhi outro tema. E a dúvida foi precisamente entre “Are you the one that I´ve been waiting for?” e “Into my arms”. Optei pela segunda, porque talvez imagine assim o amor: Um homem servindo-se unicamente de um piano e cantando, quase num sussurro, ao ouvido da amada. Talvez seja influenciado por aquela cena do Citizen Kane em que o actor principal pergunta à mulher por quem se apaixona “Do you have a piano? Would you played it for me?”

3 e 11 – Bob Dylan. Já lhe ouvi quase todas as obras e mesmo assim também ainda não conheço tudo e dou graças por isso. Este homem é a perfeição com todos os seus defeitos. Maior que a vida.

4 – Há muito que os cd´s deste senhor repousam na minha estante e finalmente é bom começar a ter alguém com quem partilhar o gosto em ouvir Townes Van Zandt. Ainda me recordo da surpresa que tive ao ver o Grande Lebowski dos irmãos Coen e de quase no final, para meu espanto, se terem lembrado de “Dead Flowers” para a banda sonora.

5 – Se no útlimo ano e meio tenho andado mais atento ao trabalho do Ryan, a ti to devo, Samuel. A minha escolha recaiu sobre a mais óbvia “Come pick me up”, porque o amor também vive muito da melodia no ouvido e de uma concrecção de gostos, e essa música do Ryan Adams é uma daquelas que pertence ao panteão da música, património mundial, sem dúvida.

6 – Não conhecia este tema. Gostei, mas n me surpreende se esta música figurar qq dia numa qq banda sonora de um teen-movie americano. Não estou a deitar a baixo o tema, mas falta-lhe a alma de um grande clássico para cantar o amor, e na minha cabeça esta banda sonora pretendia ser hercúlea. Às vezes é preciso um tema ser um chavão com provas dadas. E eu assumo perfeitamente que a minha compilação foi o mais óbvia possível, não procurei o contrário.

7 – Aprecio muitíssimo este senhor, mas esta música não me tocou. No entanto, boa, sem dúvida, mas não arrebatadora.

8 – Se o Townes Van Zandt amou esta mulher tumultuosamente, quem sou eu para dizer que não a idolatro.

9 e 12 – Nina Simone. Perfeita. Em relação ao cover dos Bee Gees, esta senhora até me pode cantar o Pai Nosso ao ouvido, ou insultar-me que eu vou adorar na mesma. A Nina Simone, a Ella Fitzgerald ou a Aretha Franklin.

10 – Van Morrison. A última música que eliminei da minha pré-selecção. Mas n era esta. Eu teria optado pelo evidente sweet-thing do astral weeks. Talvez eu seja mesmo um coração de manteiga.

13 – Deste senhor só tenho 2 álbuns em casa e ainda nem os digeri. Reconheço o meu embaraço. Vou tirar uns dias para ele, sob pena de me tornar num daqueles bebés que querem começar a andar antes de gatinharem. Comecei a minha educação musical pelos clássicos do rock e esqueci-me deste.

14 – É por isso que este tipo de exercício de partilhar compilações é óptimo. Jamais descobriria esta banda.

15 – Só não escolhi esta porque implica que já existiu antes uma história de amor que acabou, mas que urge ser recomeçada. E eu idealizei a compilação como um primeiro amor, à primeira vista. Mas fiz mal. De qq modo, do Neil Young optei pela don´t let it bring you down, mas porque entra em qualquer compilação minha, seja qual for o tema, não sei por quê.

16 – Nunca ouvi nada de Robert Plant a solo porque nunca imaginei os led zeppelin a solo. Eles não eram uma espécie de mutante de 4 cabeças que veio de outro planeta e que desapareceu quando o john bonham asfixiou em vodka laranja? De outra maneira como se explica serem perfeitos?

17 – Não introduzi leonard cohen porque numa compilação sobre o tema “amor” teria de incluir como constituindo uma música o álbum “songs of leonard cohen”. Um daqueles trabalhos que só faz sentido se for escutado do princípio ao fim e que obriga a que se expulse à paulada qq pessoa que nos interrompa durante a audição, a menos que seja a “tal” que se venha juntar a nós.

18 – Estranho como sempre identifiquei esta música com a morte do amor e ainda assim quando a ouço imagino que estes dois seres desavindos se voltaram a encontrar e a ficar juntos mesmo que passados mil anos. Porque não existe qualquer tipo de ódio, nem de rancor, nem de dúvida. E se calhar sou eu que preciso de imaginar que aconteceu assim, porque a ideia de certos finais me é intolerável. No fundo acho que existe a certeza de que continuam a caminhar juntos, como diz aquele poema do Neruda “Adeus, mas estarás comigo, irás dentro duma gota de sangue circulando em minhas veias”

30 de setembro de 2007 às 23:14  
Blogger samgs said...

meia-dúzia de comentários a uma segunda ronda de comentários:

fm

6 - percebo o que queres dizer, mas acho que a "ideia" deste tema é mesmo essa: uma música docinha, simples, inocente que, como eu disse acima, nos remete desde logo para o nosso primeiro amor;

13 - vale bem a pena a descoberta. não tanto pelo álbum de onde retirei isto (ele aí andava por territórios pouco recomendáveis ao seu talento: o funk) mas por tudo aquilo que fez enquanto singer-songwriter clássico, de guitarra em punho e poesia melancólica na voz;

15 - olha, eu escolhi essa exactamente pela mesma razão que te levou a escolher a outra...

16 - do robert plant a solo é "preciso" ter um best-of e, talvez, os dois últimos álbuns;

17 - discordo... o que dizes é válido para o "songs of leonard cohen", o "songs from a room" e o "songs of love and hate"... obras-primas em todo o sentido da palavra e mais algum! já aqui disse que comprei edições especiais desses três álbuns com faixas extra, booklet com comentários e letras completas, tudo juntinho numa caixinha bonita? :) nunca é demais dizê-lo... nestas três rodelinhas está a vida!

1 de outubro de 2007 às 13:23  
Blogger MDA said...

Estou a começar a ouvir a compilação do fm e parece-me que fiz uma coisa completamente diferente. A primeira coisa que me veio à cabeça quando vi o título da compilação foi uma coisa de elogio ao amor, uma coisa mais festiva. Além disso, faço já aqui uma ressalva: a minha compilação está uma bela merda em termos de unidade temática e de fluência de uns temas para os outros mas quem faz o que pode a mais não é obrigado, não é verdade? E, sem mais demoras, aqui está ela: http://download.yousendit.com/4BE25D710B0F0A08

2 de outubro de 2007 às 10:42  
Blogger MDA said...

Compilação do fm, aqui vai uma crítica demolidora! :)

Não sei se era suposto as músicas não terem qualquer ordem a não ser a alfabética mas é assim que eu a tenho, portanto, aqui vai:

01 - Al Green - Let's Get together: Tenho que confessar que este soul me dá a seca. Soa-me tudo demasiado insípido e uma voz que me lembra demasiado o Lionel Richie. Esta não me diz nada.

02 - Antony and the Johnsons - Hope there's someone - Arranjei o álbum dele por curiosidade, para verificar se o hype se justificava. A resposta foi negativa. Uma voz demasiado irritante com uma música demasiado morta. Não ouvi o álbum mais que uma vez e, graças a Deus, este foi um dos álbuns que me roubaram do carro há 2 ou 3 semanas.

03 - Aretha Franklin - I say a little prayer - Ver o comentário à primeira música. Esta tem como ponto positivo, uma voz de arrepiar mas tem como ponto negativo já ser muito batida.

04 - Beatles - I'm only sleeping - Estava para pôr uma música dos Beatles na minha compilação mas depois acabei por me esquecer. Esta não é nada má mas acho que têm músicas bem melhores.

05 - Belle & Sebastian - If she wants me - Aprecio bastante esta banda, especialmente a forma infantil como algumas músicas bastante adultas são cantadas. Têm um apelo pop irrestivel. Mais uma vez, esta não é a melhor deles, mas também nunca consegui gostar deste álbum como do "Fold your hands child, you walk like a peasant".

06 - Beth Gibbons & Rustin' Man - Tom the Model - Ok... Isto não é definitivamente para mim. É raro eu gostar de vozes femininas e esta é daquelas que não me dizem nada. É verdade que a música se transforma em algo agradável de vez em quando mas nunca gostei destes sons ambiente que persistem nos momentos mais calmos da música.

07 - Bob Dylan - I want you - Agora sim! Uma das melhores músicas de amor de sempre. Não há grande coisa. Esta podería ter entrado na minha compilação mas optei por outro rumo. De qualquer das formas, se fizéssemos um best of das três compilações até agora, de certeza que esta entrava. É pena ele já não fazer destas...

08 - David Bowie - Life on Mars - O meu maior ódio de estimação. Podem dizer que é preconceito, e, de facto, assim é, mas não consigo gostar dele. Soa-me tudo demasiado efémero, demasiado etéreo. Tirando-lhe as cordas, talvez se transformasse numa música mais agradável, mas ainda assim, nunca iria gostar.

09 - Elton John - Rocket Man - Guilty pleasure... Este homem tem músicas muito boas, esta é uma delas. Simples e solitária.

10 - Lou Reed - This magic moment - Não conhecia esta música. O Reed tem uma das melhores vozes do rock'n'roll, e é responsável por algumas das melhores músicas de rock'n'roll. Isto é mesmo bom, pá! É de que álbum?

11 - Neil Young - Don't let it bring you down. Como disse no comentário à música do Young que o sam pôs na compilação dele, estou a gostar cada vez mais deste homem, mas porra, podia ter uma voz menos irritante nalgumas músicas!

12 - Nick Drake - Into my arms - A primeira vez que ouvi esta música foi no fim de um episódio de uma série que já não me lembro qual era (mas penso que era de segunda categoria) e apaixonei-me imediatamente. É uma música do caralho! Também, outra coisa não seria de esperar do gajo que escreveu a fantástica Redemption interpretada pelo Johnny Cash.

13 - Nick Drake - Northern Sky - Não é tão boa como a "Into my arms" mas não deixa de ser muito boa. Tenho que conhecer melhor o trabalho deste homem. Estas duas músicas são do mesmo álbum? Qual?

14 - Roxy Music - More than this - ?????????? Perdão?

15 - Ryan Adams - Come pick me up - Continuo a afirmar que se ele só aproveitasse as músicas boas, teria meia dúzia de álbuns geniais em vez de 10.000 álbuns que oscilam entre o genial e o pura e simplesmente fraquinho. Esta é daquelas que daqui a 20 ou 30 anos ainda vão fazer sentido e há-de ser sempre uma música perfeita.

16 - Sia - Breathe me - Não conhecia isto. A voz da senhora tem potencial mas a música... hmmmm... Demasiado genérica.

17 - The Arcade Fire - Crown of love - Tive uma reacção de repulsa em relação a este gajos depois de os ter visto em Paredes de Coura. Não que o concerto tenha sido mau (longe disso!), mas o hype de que foram alvo irritou-me tanto que não consegui voltar a ouvir uma música deles até ao fim.

18 - Tom Waits - I hope I don't fall in love with you - Ver os comentários à comp do sam.

19 - White Stripes - You've got her in your pocket - Uma das melhores músicas dos White Stripes, uma letra perfeita acompanhada por uma guitarra absolutamente desesperada e frágil. É uma das músicas mais inteligentes que conheço ("You search in your hand for something clever to say / "Don't go away!"). Se eu não tivesse optado por fazer uma compilação optimista, teria posto esta música.

E é isto!

6 de outubro de 2007 às 10:56  
Blogger samgs said...

coitado do fm! ;)

e há aí um erro! não são duas músicas do nick drake seguidas: a into my arms é do nick cave e a northern sky é do nick drake!

6 de outubro de 2007 às 11:57  
Blogger MDA said...

hehe! Bem me parecia... Por acaso pensei nisso mas, estupidamente, acreditei mais no que os meus olhos leram (mal!) do que naquilo que pensava. Nesse caso retiro tudo o que disse sobre o Nick Drake. O senhor é um cepo! :) E o Nick Cave é cada vez mais um génio!

6 de outubro de 2007 às 12:20  
Blogger MDA said...

Porra pá! Agora fiquei a sentir-me mal! Gostei de 8 das 19 músicas, o que não é mau. Olha... Merda! Digam mal da minha compilação para eu não me sentir tão culpado!

6 de outubro de 2007 às 12:53  
Blogger samgs said...

já agora, os meus comentários à compilação do fm.

em primeiro lugar, onde raio estão os números das faixas pá? vamos lá ver se na próxima as colocas direitinhas e tal!

1 - música para fazer bébés... é demasiado açucarada para o meu gosto. no meio de uma compilação soul passa mas assim avulso não me soa muito bem.

2 - a primeira vez que ouvi este senhor foi cá em coimbra, no concerto do lou reed no jardim da sereia e, logo ali, disse para mim: a voz deste gajo ora é muito boa ora é irritante até mais não. a música aqui é porreirinha, mas gostava de a ouvir cantada por alguém com mais alma, mesmo que com uma voz de caracteristicas mais ou menos semelhantes: um jeff buckley daria outra dimensão a isto!

3 - ora esta já é, comparativamente à 1, bem mais interessante! só é pena ser tão batida...

4 - estes rapazes são uma paixão recente! comprei três compilações nos últimos dias e têm realmente coisas muito boas. esta música é uma delas... apesar disso, não sei se não ficaria melhor aqui uma don't let me down... mas a compilação a tua! e esta música tem uma coisa muito boa e que caracterizou boa parte do trabalho deles: os efeitos e a experimentação em estúdio...

5 - nunca fui à bola com estes gajos e não sei se algum dia irei. todavia devo acrescentar: esta música é porreirita :) pelo menos abandonam temporariamente aquela depressão infantil de que padecem 99% do tempo...

6 - a melhor música de um bom álbum. nunca fui grande fã de portishead mas comprei este álbum nas habituais promoções worten/box e é bem porreirinho. o refrão desta coisinha é brilhante.

7 - nada a dizer. é o génio absoluto em acção. volto a dizer que duvido que alguém escreva sobre o amor melhor do que ele (perto dele só o cohen ou o waits...).

8 - música do caralho. o mda não percebe nada de música. efémero? este tipo é um dos melhores escritores de canções de todos os tempos. debaixo de toda aquela imagem excessiva estava, durante os anos dourados, um génio quase absoluto. e esta música é um belo exemplo. não sei como se consegue ficar indiferente a um refrão destes!

9 - depois de ouvir a tiny dancer no quase famosos fiquei a apreciar um bocadinho mais este senhor. mas confesso que sairia sempre com um álbum dele bem debaixo do braço para ninguém ver. e é pena... é pena porque o senhor é capaz (ou foi!) de escrever coisas muito interessantes. como esta música, que é uma daquelas que, por alguma razão, me transporta para a minha infância. musicalmente só tem um ponto negativo: aquele sintetizador ali a partir dos dois minutos e meio está datadissimo...

10 - gosto muito do lou reed. não gosto particularmente desta música. há aqui alguma coisa que não funciona: não sei se será a aparente incongruência entre as palavras e a música... não sei explicar mas causa-me algum desconforto...

11 - outro génio incontornável! e é engraçado perceber como os meus escritores de canções preferidos têm vozes, no mínimo, sui generis: o dylan, o young, o waits ou o bowie têm vozes, para muita gente, insuportáveis. apesar da letra quase inteligivel, a verdade é que tudo aqui soa acolhedor...

12 - só é pena estar tão batida! este álbum do nick cave é brilhante. esta foi a primeira música que me aproximou da obra do senhor e, apesar de tudo, continua a ser responsável por arrepios e acessos de melancolia. e é muito interessante a aura religiosa que rodeia muio do trabalho do cave, bem patente nesta música, com constantes pedidos ao "senhor" para guiar a amada aos seus braços. este é um daqueles tipos que preciso mesmo de ver ao vivo!

13 - lindo pá! lindo! lindo! um dia ainda hei-de perceber como é que este gajo não vendeu nada enquanto por cá andou...

14 - isto é que não pá! estragaste tudo com esta música. por muito respeito que tenha pelo brian ferry ou o eno isto não é mesmo para mim. esta produção mata-me! acho que estamos irremediavelmente afastados neste particular ;)

15 - isto também é uma música do caralho. não sei o que acrescentar a tantas coisas que já foram ditas sobre este monumento em forma de canção. lá em cima falei no waits, o cohen e o dylan como os que melhor "escrevem o amor"... esqueci-me deste! este rapaz parece alimentar-se da dor de corno para escrever coisas destas (que apesar de tudo, apesar do desiquilbrio qualitativo na obra do ryan, já são muitas!)... e a letra é genial: depressão, solidão, esperança, medo, raiva... cabe tudo aqui, no coração partido - e bem partido - do narrador que, ainda assim, não deixa de desejar que a sua amada ali estivesse e voltasse a fazer tudo aquilo que tanto o magoou...

16 - nop... sorry!

17 - ainda não encaixei completamente este tipos. acho que é a questão do hype à volta deles que, paradoxalmente, me afasta... a verdade, aquela que interessa, é que eles são das coisas mais interessantes a aparecerem por aí nos últimos tempos: pela música e pelo conceito... e esta música é porreira. geralmente fujo um bocado de música grandiloquente, mas esta faz sentido assim... gosto daqueles la la la's quando a música cresce... tem umas cordas demasiado proeminientes, mas até resulta tudo bem. tenho que os ouvir com mais atenção, um álbum do principio ao fim!

18 - nada a dizer. esta música foi o meu primeiro contacto com o tom waits e deixou-me de rastos à primeira audição. a letra é belissima... a forma como ele retrata a "cena", leva-nos a criar imagens tão vividas, tão reais... é muito cinematográfica. não consigo deixar de ver um filme quando ouço esta canção. e aquela frase "the night does funny things inside a man", quantas vezes não a reconheci eu como a verdade absoluta?

19 - boa música daquela que tem que ser considerada uma das melhores bandas dos últimos anos. o jack white é um letrista muito inteligente, e nao há quem lhe dê grande crédito. perferem as mamas da meg, o que também não está nada mal!

e pronto, peço desculpa pelos comentários pouco inspirados mas, às vezes, só dá isto. para a próxima tem só em atenção os números das faixas. e já sabes que sou mais preconceituoso que tu em relação a estas coisas, por isso há sempre coisas de que não gosto mesmo! é bom que continues a participar, agora que já sabes como se faz!

só falta comentar a do mda!

6 de outubro de 2007 às 17:08  
Blogger samgs said...

não é preciso sentires-te mal mda. o fm é um tipo duro! ;)

6 de outubro de 2007 às 17:10  
Blogger Unknown said...

Ora bem, assino por baixo as críticas que fizeram. Quando pensei na compilação, considerei-a um espaço de algumas concessões e partilha, tal como o amor deve ser. Daí o ter resultado uma compilação com músicas tão evidentes e batidas. Nunca tive a intenção de fazer algo muito alternativo porque corria o risco de ficar a ouvir o cd em casa sozinho e isto é para ficar a ouvir entre carícias com a pessoa amada. Chamem-lhe meloso se quiserem, mas o amor às vezes é mesmo assim. Permitam-me que defenda apenas algumas escolhas. David Bowie, talvez este não fosse o tema mais adequado, mas escolhi-o mais pelo efeito que a melodia em mim provoca. Sia (breathe me): foi com esta música que terminou o último episódio de six feet under (a minha série dramática preferida). Na altura pensei "porra, k raio de música", o que é certo é que ouvida juntamente com as últimas imagens da série resultou num final perfeito e que ainda hoje me arrepia. Quanto ao Nick Drake, o Samuel já falou por mim. More than this - Bryan Ferry: também nunca fui muito à bola com este tipo, mas mais uma vez, por causa do Bill Murray ter cantado parte desta música numa cena marcante do Lost in translation, levei uma grande chapada e agradeço à Sofia Coppola e a todos os realizadores que se servem de músicas porque não dava nada, inserem-nas noutro contexto e me ensinam a ser menos preconceituoso e mais eclético. Em relação a "this magic moment" do lou reed. O único sítio onde ouvi esta música foi numa cena linda do lost highway do david lynch (aquela em que a Patricia Arquette e o Balthazar Getty se apaixonam irremediavelmente). Em relação aos Arcade Fire, também não os idolatro, até porque ouvi o primeiro álbum deles na semana em que saiu. Adorei, mas todo o hype que se criou depois em torno deles foi um exagero e quando alguém n conhece quase nada de bandas da actualidade fica bem dizer que adora os arcade fire, porque assim n se compromete. Este segndo álbum deles já m soou a desilusão. Não estava à espera de uma continuação do funeral, mas também este último trabalho diz-me muito pouco. MAs ainda bem que apareceram.

6 de outubro de 2007 às 18:02  
Blogger samgs said...

aí vêm os comentários bastante atrasados à compilação do mda:

1 - monumento em forma de canção, há que o reconhecer. prefiro esta versão à original, a ausência de guitarras, bateria e demais instrumentos alimenta a simplicidade e a nostalgia que tão bem servem a narrativa. e ao mesmo tempo há por aqui ecos de um escapismo adolescente e profundamente americano que mexe comigo... que obriga a pensar se eu não seria melhor se fosse outro noutro lugar...

2 - intrinsecamente romântica. não gosto dos coros mas as constantes paragens funcionam às mil maravilhas, mesmo quando se tornam esperadas. não é a melhor "música de amor do mundo" mas é das boas...

3 - quando tinha uns 11/12 anos fartava-me de ouvir dire straits. o meu pai tinha um par de álbuns e a música era bastante acessivel. lembro-me particularmente dum álbum ao vivo, o alchemy, onde estava, salvo erro, uma versão desta música que ouvi vezes sem conta. aliás, todo o álbum foi ouvido vezes sem conta... e é engraçado como isto me leva a um episódio da minha pré-adolescência, quando eu era um rapazinho com gostos esquisitos quando comparado com os meus colegas. um dia, falando de música, um colega disse-me que gostava de dire straits, tinha ouvido uma música e tinha gostado bastante. em delirio por finalmente ter um banda em comum com um amigo, disse-lhe que também gostava e no dia seguinte gravei-lhe uma k7 com as músicas que gostava mais deles. quando depois de ouvir a k7 o meu amigo me disse: "afinal não gosto deles... era só aquela música. o resto não presta" percebi que, realmente, mais valia continuar a explorar a discografia do mneu pai sozinho e não me preocupar com gostos e potenciais comentários de amigos e colegas. hoje os dire straits não me dizem nada, mas esta música continua bonita.

4 - acho que este senhor ainda não deu um passo errado na carreira musical. é mais uma bela música esta. confesso que estranhei o início da música (não a conhecia), o balanço demasiado country, mas rapidamente me voltei a sentir em casa... sinceramente não ouvi com grande atenção a letra, mas é engraçado como uma canção relativamente uptempo, na voz deste senhor me soa, como quase sempre, a uma canção "coração partido". há qualquer coisa na voz do bonnie, aquela "tremura", aquela fragilidade, que me obriga a ouvir todas as suas músicas, quando não dou atenção às letras, como se fossem músicas "dor de corno". e se gosto de músicas "dor de corno"....

5 - esta nunca entrava numa compilação minha dedicada ao amor. gosto da música, gosto muito do johnny cash mas o ritmo country estraga tudo. estraga no sentido em que não se encaixa numa compilação destas, pelo menos na forma como é concebida por mim. claro que numa visão mais celebratória e festiva do amor tem o seu espaço... mas esse não é o meu amor... :)

6 - ainda não ouvi estes tipos com atenção. esta música é porreira... gosto da letra quase surrealista e da frase hipnótica que pontua todos os versos!

7 - não gosto desta. isto em tempos já foi a música-romântica-tipo mas a mim nada me diz. genérica, lírica pobre e produção mazinha. pronto não gosto!

8 - começo a perceber que a concepção desta compilação passa mesmo por uma visão mais celebratória do amor. esta música grande. a primeira vez que a ouvi foi no fabuloso "a última valsa" já lá vão uns valentes anos. e essa versão era um bocadinho melhor, quanto mais não seja pelos solos incandescentes do robbie robertson.

9 - caraças... esta é tão romântica! é estranho como uma música punk pode ser realmente romântica. também há muito de amor adolescente aqui... e de repente apetecia-me ter 15 anos outra vez, estar apaixonado pela menina bonita da escola... far-lhe-ia certamente uma compilação numa k7 que terminaria nesta música...

10 - já esta não me diz muito também. muito genérica. voz enjoadita.

11 - grande linha de baixo. e lá está o escapismo outra vez. o "get out of this place" como necessidade de crescimento e afirmação. e ser for acompanhado ainda melhor... a vida é de certeza melhor num outro sitio qualquer bem longe dali. é uma necessidade tão americana, não é? há milhentas músicas que falam sobre isto e que nos transportam para um mundo de desertos cortados por longas auto-estradas até ao horizonte. que pena o nosso pais ser tão pequenino e poder ser corrido de lés a lés numa mão cheia de horas...

12 - já há aqui tiques do springsteen que não gosto. a letra é, como sempre, de qualidade, a música base também, mas esta necessidade de encher de som todos os espaços possíveis retira alguma subtileza à música... se eu fosse produtor do spingsteen o gajo era muito melhor! mas ainda se safa esta... está longe da genialidade que vejo noutros momentos da obra dele, mas é uma boa música.

e fm, não tens que assinar por baixo as críticas. é óbvio que há músicas que, por mil e uma razões possíveis, nos dizem qualquer coisa a nós e não dizem a outros. e essa relação música-cinema é particularmente forte. ainda me lembro de como a blower's daughter do damien rice me bateu quando vi o closer!

21 de outubro de 2007 às 17:01  
Blogger MDA said...

Até qu'enfim!

1 - Bruce Springsteen - Thunder Road - Ainda bem que não dizes mal desta. Seria capaz de magoar gravemente alguém que o fizesse. Para mim esta é a melhor música de sempre. 5 minutos e 44 segundos perfeição. Sobre esta já escrevi bastante.

2 - Southside Johnny and the Asbury Jukes - The Fever - Escrita pelo Boss himself e dada de mão beijada a este conterrâneo. Sinceramente gosto mais da versão do Springsteen mas foi um boa forma de não ter de pôr 3 músicas do Springsteen na mesma compilação. E, além disso, esta versão não é, de facto, nada má! O break com o solo de harmónica é fantástico.

3 - Dire Straits - Romeo and Juliet - És um misfit pá! Esta banda sempre me pareceu uma banda que poderia ter tido coisas muito boas mas que nunca exploraram todo o sue potencial. Esta é um bom exemplo do que eles poderíam ter feito. A solo, Knopfler continua a fazer coisas que não são más mas que poderíam ser bem melhores. De qualquer das formas esta música é fantástica. A letra não é propriamente optimista, mas a música é.

4 - Bonnie "Prince" Billy - Ohio River boat song - Das melhores músicas que já se fizeram. Optimista como eu gosto (apesar do travo amargo da voz dele). Além disso, como é óbvio para quem ler a letra, esta diz-me algo muito especial.

5 - Johnny Cash & June Carter - Jackson - Pois para mim esta entra com toda a certeza. A minha intenção foi mesmo fazer uma compilação celebratória do amor. Foda-se, amor não é só dor de corno, desilusões e desencontros. Alías, essa parte, por muito poética que seja é só uma pequena parte do que para mim é o amor. Para mim é mais festa, mais vamos agarrar num par de meias e desandar daqui para fora.

6 - Old Crow Medicine Show - Down home girl - Não creio que vás gostar destes rapazes mas são bem à minha medida. Folk, blugrass, old time music. Esta letra em particular é deliciosa (como diria um certo psicólogo). Isto é amor "Everytime I kiss you, girl / You taste like pork and beans".

7 - Roy Orbison - Claudette - Bah! Não sabes o que é bom! Música de amor tipo "I wanna hold your hand". Produção mazinha? De que é que estás a falar? A letra é simples, concedo, mas às vezes o amor também é assim: "quero estar contigo e pronto! Que se lixe o resto!". E suficientemente uptempo e optimista!

8 - Bo Diddley - Who do you love - Não blasfemes, pá! A The Band pode ter sido grande mas não foi maior que o Bo Diddley! Esta é a versão definitiva desta música. Este ritmo, esta guitarra, esta letra machista, perfeito!

9 - Ramones - I wanna be your boyfriend - Exacto!

10 - Belle & Sebastian - The Model - Decididamente, isto não é para ti. Esta é a melhor música dos rapazes. A letra é deliciosamente (isto está a tornar-se um vício!) inocente e ingénua. É uma grande história de amor, pá!

11 - The Animals - We gotta get out of this place - Uma das bandas mais subvalorizadas da história. É exactamente isso que dizes, estas músicas que nos remetem para cenários imaginários de viagens sem fim são tão nostálgicas e ao mesmo tempo tão esperançosas.

12 - Bruce Springsteen - I'll work for your love - Jesus!!!!! O que é que eu te faço pá? Quando ouço isto não consigo parar quieto, não consigo evitar que o peito inche quase a ponto de rebentar. Isto é Springsteen clássico! É romanticismo absurdamente optimista, é felicidade, alegria, promessas de amor. Esta sonoridade é E-Street Band clássica: piano para a frente, Hammond B3 a preencher os espaços, bateria competente e eficazmente simples, um hook que dá personalidade à música e depois tudo junto, resulta num pedaço de música que é tão perfeito que nem parece música.

A minha intenção foi, de facto, fazer uma compilação optimista e celebratória e agora, ouvindo-a outra vez, até acho que me saiu melhor que aquilo que estava à espera. Agora vou é ter que pensar se continuo a fazer compilação para este teu blog! :)

22 de outubro de 2007 às 11:50  

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