segunda-feira, julho 14, 2008

neil young - oeiras alive, 12.07.08


se há uma semana atrás me perguntassem qual tinha sido o concerto da minha vida, teria respondido, sem hesitar, "neil young, vilar de mouros, 2001". hoje já não tenho essa certeza... mas responderia algo do tipo: "qualquer um dos que vi do neil young!".

a verdade é que não há palavras para descrever o concerto do passado sábado. de uma só assentada o velho neil terá mudado vidas: muitos daqueles que presenciaram tamanho concerto estarão agora a pensar formar uma banda e outros tantos, aqueles que já são músicos, terão chegado a casa e partido as respectivas guitarras. afinal, são (somos!) meros mortais.

como não consigo articular muitas palavras por forma a criar um todo coerente, limito-me a mais algumas ideias soltas:

- neil young é deus!
- o som daquela guitarra! foda-se! não há filho da puta neste mundo que faça uma guitarra soar tão bem! as guitarras foram feitas para soar assim! fuzz + distorção + feedback = céu!
- o homem transformou a "no hidden path" numa jam de meia-hora alimentada a fuzz e caralhos me fodam se cada uma daquelas notas não foi, naquele momento, a coisa mais importante do universo e arredores!
- old man, unknown legend, lonesome me, cortez the killer, powderfinger, love and only love, rockin' in the free world, words!! (caralho, words!), mother earth, spirit road, the needle and the damage done, heart of gold, get back to the country, no hidden path...
- aquele final! a day in life + fuzz + feedback + cordas partidas + feedback + fuzz + feedback!
- o estilo! a entrega! o homem está em cima do palco, tem idade para ser meu avô, mas cada um daqueles solos é feito como se toda a existência dele dependesse...
- foda-se! neil young é deus!

ps: o ben harper tem tomates! depois deste concerto, fosse eu a ter a responsabilidade de subir ao palco a seguir e teria pegado na trouxa, rabinho entre as pernas e "até qualquer dia!"....