graças a deus existe o botão "skip"! tal como os álbuns de
soul clássicos alternavam baladas com faixas enérgicas e dançáveis, seguindo uma fórmula rigida e quase-matemática, o último álbum dos dirtbombs alterna
garage rock de inspiração soul-fuzz em pura ebulição caótica com faixas tão medíocres que não há pedal de fuzz ou
coolness a la mick collins que as salve.
e se calhar é assim mesmo que tudo faz sentido! ninguém ouve os the dirtbombs à espera de perfeição ou da próxima música que salve o mundo (ou o rock... o que vai dar ao mesmo). aqui as coisas só fazem sentido quando são sujas, cruas, imperfeitas, às vezes feias, às vezes excitantes... quando num mesmo espaço coexistem pedaços de génio
garage como
ever lovin' man (foda-se mick! és deus!) e lixo desinspiradissimo como
la fin du monde (foda-se mick! cantar em francês?)! é como se o mick collins e a sua trupe nos quisessem obrigar a atravessar autênticos desertos de inspiração para depois, com redobrado e inesperado impacto, nos dizerem "rock'n'roll é isto, caralho!"
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